A partir de 2002, Eliud Kipchoge participou de suas primeiras competições internacionais de atletismo e já mostrou a que veio. No Mundial Júnior de cross country, ele terminou em quinto lugar e fez parte da equipe do Quênia que conquistou a medalha de ouro.
No ano seguinte, ele venceu a prova júnior e estabeleceu um novo recorde mundial da categoria. Meses depois, no Mundial de Paris, Kipchoge foi medalha de ouro nos 5.000m, vencendo o então recordista mundial dos 1.500m.
Eliud Kipchoge conquista as primeiras medalhas olímpicas
Aos 20 anos, Eliud Kipchoge fez sua estreia em Jogos Olímpicos, em Atenas 2004, e logo subiu ao pódio. Na prova dos 5.000m, o queniano terminou com a medalha de bronze.
O jovem atleta manteve o ritmo de conquistas, ficando em terceiro nos 3.000m (não olímpica) no Mundial de 2006, e em segundo nos 5.000m no Mundial de 2007. Chegando forte para Beijing 2008, Kipchoge melhorou o desempenho em relação aos Jogos anteriores e conquistou a medalha de prata.
Nos anos seguintes, o queniano viveu altos e baixos no esporte, ficando de fora da equipe que representou o país na Olimpíada de Londres 2012. A partir daí, ele começou a migrar para a maratona, e o resto é história.
Eliud Kipchoge migra para maratona e tem começo avassalador
Ainda em 2012, Kipchoge fez sua estreia na Meia Maratona de Lille, na França, correndo em menos de uma hora e conseguindo o terceiro lugar. No ano seguinte, ele iniciou a temporada vencendo a Meia Maratona de Barcelona.
Meses depois, estreou no percurso mais longo na Maratona de Hamburgo, com o tempo de 2:05:30. Ele venceu a prova com vantagem de mais de dois minutos, estabelecendo o novo recorde do percurso. Na Maratona de Berlim, o queniano chegou na segunda colocação e fez o quinto melhor tempo da história na sua segunda maratona disputada.
O ano de 2014 marcou de fato o começo do domínio de Kipchoge na maratona, que durou pelos dois anos seguintes. Ele venceu a Maratona de Roterdã (2:05:00) e a Maratona de Chicago (2:04:01) naquele ano; a Maratona de Londres (2:04:42) e a Maratona de Berlim (2:04:00) em 2015; e o bicampeonato na prova britânica, com o tempo de 2:03:05, sua melhor marca pessoal até então, a terceira da história.
*Eliud Kipchoge é campeão olímpico na Rio 2016 e domina maratona *
Em sua terceira participação em Jogos Olímpicos, desta vez na Rio 2016, Eliud Kipchoge enfim subiu ao topo do pódio. Foi na prova de maratona, com o tempo de 2:08:44.
No ano seguinte, adicionou mais uma vitória ao currículo, cruzando a linha de chegada em primeiro na Maratona de Berlim. Em setembro de 2018, o queniano estabeleceu o novo recorde mundial da maratona, novamente na cidade alemã, com a marca de 2:01:39. O recorde anterior foi quebrado 1:17, a maior margem de diferença desde 1967.
Eliud Kipchoge faz tempo histórico em 2019
O ano de 2019 foi especial para Eliud Kipchoge. Em abril, ele quebrou o recorde da Maratona de Londres, fazendo o então segundo tempo do mundo. E o que veio depois foi história.
É difícil colocar a surpreendente maratona em menos de duas horas de Eliud Kipchoge em outubro de 2019 no contexto. Como Roger Bannister quebrou a milha de quatro minutos em 1954, o queniano alcançou algo que muitas pessoas acreditavam que fisicamente não poderia ser feito.
Alguns discutirão sobre os detalhes, mas os fatos permanecem notáveis. Kipchoge correu 42,2 milhas no tempo de 1:59:40, em um percurso especial em Viena, Áustria. Não contou como um recorde mundial oficial de maratona, porque as regras de competição padrão para ritmo e fluidez não foram seguidas, e não foi uma corrida "aberta". Ele foi acompanhado por um carro e uma equipe cuidadosamente coordenada de corredores de elite.
Mas o momento ainda ficou para a história: o sentido da ocasião e as emoções de Kipchoge depois garantiram que a conclusão da marca de 1:59, que ele já havia tentado e falhado uma vez, será vista como sua maior conquista nos próximos anos.
*Eliud Kipchoge conquista mais um ouro olímpico e quebra recorde mundial *
Em 2020, devido à pandemia de Covid-19, a Maratona de Londres foi adiada para outubro e disputada em condições atípicas, sem público, com apenas poucos atletas de elite e um percurso diferente. Nesta prova, Kipchoge foi derrotado pela primeira vez em sete anos, chegando em oitavo lugar.
No ano seguinte, com a forma recuperada, defendeu seu título olímpico nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, se tornando o terceiro atleta da história a ser bicampeão da maratona.
Em 2022, com quase 38 anos completos, Eliud Kipchoge venceu pela quarta vez a Maratona de Berlim e melhorou em 30s sua própria marca, estabelecendo um novo recorde mundial, 2:01:09.
Já em 2023, na Maratona de Boston, o queniano buscava a quinta vitória nas seis principais maratonas do mundo. No entanto, ele acabou perdendo sua garrafa de água e teve um problema na perna esquerda, sofrendo apenas a sua terceira derrota na carreira.